terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Divulgada imagem do cometa Tempel 1

A sonda Stardust-NExT da NASA se encontrou com o cometa Tempel 1 ontem (14/02/2011).
cometa Tempel 1 visto pela sonda Stardust-NExT
© NASA (cometa Tempel 1 visto pela sonda Stardust-NExT)
O objetivo desse encontro é estudar pela primeira vez as mudanças na superfície do corpo celeste que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter. Os dados desse novo empreendimento vão fornecer informações importantes sobre como se formam e evoluem a família de cometas de Júpiter.
A sonda continuará o trabalho de pesquisa sobre o cometa que começou em julho de 2005, quando a nave espacial Deep Impact lançou um projétil na superfície dele para estudar sua composição por meio do material desprendido na colisão. A imagem a seguir mostra duas crateras próximas do local do impacto focalizadas pelas sondas Deep Impact e Stardust-NExT.
crateras focalizadas pela Deep Impact e Stardust
© NASA (crateras focalizadas pela Deep Impact e Stardust)
A Stardust-NExT conta com sistemas capazes de capturar imagens da cratera criada pelo projétil, que deve fornecer uma grande quantidade de informações sobre a formação dos cometas.
local do impacto do projétil lançado pela Deep Impact
© NASA (local do impacto do projétil lançado pela Deep Impact)
O encontro ocorreu a 336 milhões de quilômetros da Terra, quando a sonda estava quase do lado oposto do Sistema Solar, e em determinado momento, ficou a apenas 180 km de distância do cometa. Durante o sobrevoo da Stardust-NExT estava previsto tirar 72 imagens, sendo cinco closes do núcleo do Tempel 1, mas surgiram fotos do cometa como se fosse somente um minúsculo ponto no espaço. As imagens foram armazenadas em um computador de bordo e enviadas à Terra para processamento, através de um transponder (transmissor/receptor de rádio), originalmente desenvolvido para a missão Cassini para Saturno, e um amplificador de estado sólido de 15 watts. As taxas de dados foram transmitidas em torno de 33 a 40 mil bits por segundo.
As imagens obtidas do cometa Tempel 1 pela sonda Stardust-NExT estão neste link.
Fonte: NASA

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Um cometa brilhante promissor chegando?

O cometa C/2010 X1 Elenin foi  descoberto pelo russo Leonid Elenin em 10 de dezembro de 2010 no observatório russo-americano ISON-NM do Novo México (EUA).
cometa Elenin em 11 de Dezembro de 2010 
© Observatório Maidanak (cometa Elenin – 11/12/2010)
A imagem acima foi realizada no dia 11 de Dezembro de 2010 no Observatório de Maidanak no Cazaquistão confirmando a existência do cometa, que estava com magnitude 19. A quadruplicação de estrelas na fotografia é devido ao movimento do cometa durante a exposição.
Ainda é cedo para prever com exatidão sua trajetória. O cometa Elenin é o que possui a menor inclinação em relação ao plano da eclíptica em comparação aos cometas observáveis de órbitas alongadas (parabólicas ou hiperbólicas).
órbita do cometa Elenin no perigeu
© NASA (órbita do cometa Elenin no periélio)
Os seus elementos orbitais indicam que sua passagem periélica (aproximação máxima do cometa em ralação ao Sol) ocorrerá em 10 de Setembro de 2011, conforme o diagrama orbital gerado pelo JPL (Jet Propulsion Laboratory) da NASA. Nesta época, os parâmetros fotométricos mostram que o cometa terá magnitude 3,5.
órbita do cometa Elenin no perigeu
© NASA (órbita do cometa Elenin no perigeu)
O perigeu (aproximação máxima do cometa em relação à Terra) está previsto para o dia 16 de Outubro de 2011, havendo possibilidade da Terra passar pelos resíduos deixados pelo cometa ao longo do caminho.
O cometa Elenin poderá resultar num cometa brilhante como o Hyakutake (1996), o Hale-Bopp (1997) ou o McNaught (2007)?
Fonte: Sky & Telescope

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Novo outburst em cometa

O cometa 29P/Schwassmann-Wachmann entrou em erupção de novo e Richard Miles (British Astronomical Association), teve a sorte de observar este objeto ativo no Faulkes Telescope North no Havaí.
outburst no cometa 29P Schwassmann-Wachmann
© FTN (outburst no cometa 29P/Schwassmann-Wachmann)
O cometa 29P/Schwassmann-Wachmann está numa região relativamente fria do Sistema Solar, mais que 6 UA do Sol e ainda é um dos cometas periódicos mais ativos conhecidos. Normalmente os cometas tornam-se ativos quando se aproximam do periélio, onde o aquecimento solar é importante. Para este cometa as evidências sugerem que o monóxido de carbono é o principal motor de seus ímpetos. Em 20 de janeiro o astrônomo amador espanhol Faustino Garcia relatou uma explosão pequena no cometa. Quatro dias antes, ele tinha medido uma magnitude de 16,6, mas na manhã do dia 20 apresentava uma magnitude de 14,9, representando um aumento de um fator de 5 no brilho. A última vez que foi detectado um outburst foi em maio 2010, considerado mais energético.
Cerca de uma semana após a última explosão, foi possível ter uma imagem de fundo do cometa utilizando o telescópio Faulkes em Haleakala no Havaí. Acompanhando o cometa através de 21 frames num CCD (sensor para captação de imagens) durante um tempo de integração total de 65 minutos, uma alta relação sinal-ruído da imagem foi obtida permitindo procurar detalhes dentro da coma recém-formada. Observando a imagem é claro que a expansão da coma foi amplamente direcionada para um hemisfério. No processamento de gradiente da imagem usando o software IRIS foi revelado estruturas delicadas dentro da coma, que é ilustrada com cores falsas. 
Foi possível estudar também a região próxima ao núcleo do cometa, que está liberando material de sua estrutura. O cometa está bem posicionado para observação e amadores estão monitorando cuidadosamente o objeto na expectativa de uma explosão mais acentuada nas próximas semanas.
Fonte: Faulkes Telescope Project

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mosaico de cometas

Lançado em dezembro de 2009 com o objetivo de mapear praticamente todo o céu no espectro infravermelho, o explorador WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA fez inúmeras descobertas de objetos celestes. Registrando o céu a cada 11 segundos, o satélite fez mais de 1,5 milhões de imagens e encontrou nada menos que 20 novos cometas vagando pelo Sistema Solar.
mosaico de cometas descobertos pelo WISE
© NASA (mosaico de cometas descobertos pelo WISE)
O mosaico apresenta os cometas descobertos pelo WISE, que são vistos da esquerda para a direita e de cima para baixo: 237P/LINEAR (2002 LN13), 233P/La Sagra (2009 WJ50), P/2009 WX51 (Catalina), P/2010 B2 (WISE), P/2010 D1 (WISE), P/2010 D2 (WISE), C/2010 D3 (WISE), C/2010 D4 (WISE), C/2010 DG56 (WISE), C/2010 E3 (WISE), C/2010 FB87 (WISE-Garradd), C/2010 G3 (WISE), C/2010 J4 (WISE), P/2010 K2 (WISE), C/2010 KW7 (WISE), 237P/LINEAR (2010 L2), C/2010 L4 (WISE), C/2010 L5 (WISE), P/2010 N1 (WISE) e P/2010 P4 (WISE).
A maior parte dos cometas retratados recebeu o sobrenome WISE com exceção de quatro objetos que já haviam sido descobertos anteriormente, mas até então eram considerados asteroides.
No entanto, as observações feitas pelo WISE mostraram que esses corpos não eram simples pedras ou rochas metálicas como no caso dos asteroides, mas sim bolas de gás e poeira congelada formadas ao redor de um núcleo, exatamente como os cometas.
Normalmente, as pessoas associam os cometas às populares imagens do Halley ou Hale-Bopp, com gigantescas caudas brilhantes cruzando o céu. Essa cauda se forma à medida que o objeto se aproxima do Sol, que aquece o gelo do cometa e o transforma em gás, que escapa para o espaço junto com partículas de poeira congelada. Essa mistura de gás e poeira cria uma névoa ao redor do núcleo, denominada coma, que pela ação do vento solar é soprada para bem longe formando uma enorme cauda de milhões de quilômetros.
O ruído de fundo visto nas cenas são flutuações aleatórias no espectro infravermelho, causadas principalmente pela poeira existente no próprio Sistema Solar. Devido ao tratamento das imagens, combinadas inúmeras vezes em um método chamado empilhamento, as estrelas são suprimidas. Isso permite gerar uma única cena de alta resolução com o objeto principal centralizado e livre de interferências.
As cores mostradas também não são reais e foram adicionadas para destacar os diversos comprimentos de onda registrados. Assim, a cor azul corresponde a 4,6 mícrons, o verde a 12 mícrons e o vermelho a 22 mícrons. A luz captada é diretamente proporcional à temperatura. Nas cenas, áreas frias aparecem em vermelho enquanto áreas mais quentes aparecem em azul.
Fonte:  NASA

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Registrada as primeiras imagens do cometa Tempel 1

A sonda da NASA Stardust enviou suas primeiras imagens do cometa Tempel 1, o alvo do sobrevoo planejado para o dia 14 de Fevereiro de 2011.
primeiras imagens do cometa Tempel 1
© NASA/Stardust (primeiras imagens do cometa Tempel 1)
As imagens foram feitas em 18 e 19 de Janeiro de 2011 a uma distância de 26,3 milhões de quilômetros e a 25,4 milhões de quilômetros respectivamente. Em 14 de Fevereiro de 2011, a sonda Stardust passará a aproximadamente 200 quilômetros do núcleo do cometa. No Brasil ocorrerá as 01h:40 do dia 15 de Fevereiro de 2011.
“Essa é a primeira de muitas imagens que faremos do cometa Tempel 1”, disse Joe Veverka, pesquisador principal da missão da NASA Stardust-NExT da Cornell University, em Ithaca, N.Y.
Encontrar algo tão pequeno e rápido como um cometa na vastidão do espaço sempre é um desafio.
A imagem composta é uma combinação de algumas imagens feitas pela câmera de navegação da Stardust. Futuras imagens serão usadas para ajudar os navegadores a refinarem a trajetória da Stardust, ou o voo de passagem, isso acontecerá quando a distância entre a sonda e o cometa for de aproximadamente 950.000 quilômetros. Na noite do encontro, a câmera de navegação será usada para adquirir 72 imagens de alta resolução das feições que constituem a superfície do cometa. Os cientistas da missão Stardust-NExT usarão essas imagens para ver como a superfície do cometa Tempel 1 tem mudado nos últimos cinco anos e meio. Isso porque o Tempel 1 já foi visitado em Julho de 2005 por outra sonda da NASA, a missão Deep Impact.
Lançada em 7 de Fevereiro de 1999, a Stardust tornou-se a primeira sonda na história a coletar amostras de um cometa, o Wild 2 e enviá-las a Terra para estudo. Enquanto uma cápsula trazia as amostras para a Terra com paraquedas em Janeiro de 2006, os controladores da missão fizeram o esforço para colocar a sonda no caminho do cometa o que permitiria a NASA ter a oportunidade para reutilizar os já provados sistemas de voo. Em Janeiro de 2007, a NASA rebatizou a missão, chamando-a de Stardust-NExT (New Exploration Tempel), e a equipe da Stardust começou uma jornada de quatro anos e meio até que a sonda encontre o Tempel 1.
A sonda Stardust-NExT também medirá a composição, o tamanho da distribuição e o fluxo de poeira emitida na coma, e fornecerá novas informações importantes sobre como os cometas da família Júpiter se desenvolvem e como eles se formaram há 4,6 bilhões de anos.
Fonte:  NASA

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Enxame de cometas

No período de 13 a 22 de dezembro de 2010 o SOHO (Solar and Heliospheric Observatory) descobriu que 25 cometas mergulharam no Sol. A imagem abaixo mostra o momento exato da colisão de um cometa com o Sol no dia 20 de dezembro de 2010.
cometa sendo capturado pelo Sol
© SOHO (cometa sendo capturado pelo Sol)
O SOHO constantemente observa cometas se desintegrando na superfície solar, mas vários cometas num curto período de tempo é um fato sem precedentes.
O coronógrafo da sonda produz um eclipse artificial possibilitando identificar este cometas considerados pequenos da classe de 10 m.
Será que algum cometa maior está por vir?
cometa Ikeya Seki
© Roger Lynds (cometa Ikeya-Seki)
Por exemplo, em 1965 o cometa Ikeya-Seki, descoberto por dois astrônomos amadores japoneses que lhe deram o nome: Kaoru Ikeya e Tsutomu Seki, cujo núcleo era de 5 Km de diâmetro. O cometa aproximou-se do Sol em 21 de outubro de 1965, quando penetrou na incandescente coroa solar, passando somente a 465.000 km da superfície deste astro.
Naquela ocasião, o núcleo cometário já apresentava uma esplendida coma e uma espetacular cauda, nas quais a análise espectroscópica tinha determinado os componentes voláteis típicos dos cometas, atingindo as temperaturas de fusão dos metais; a análise também revelou as bandas do ferro e do níquel.
Segundo o saudoso astrônomo americano Brian G. Marsden, que reconstruiu a passagem do Ikeya-Seki, mencionou que este cometa veio de um longínquo ascendente que em 1106 se aproximou tanto do Sol que teve seu núcleo partido em dois. Um destes dois fragmentos teria dado vida ao Grande Cometa de setembro de 1882; também este passou muito perto do Sol e posteriormente se dividiu em duas partes. O segundo fragmento teria originado precisamente o Ikeya-Seki, dividindo-se em duas partes. Destas, uma deverá voltar, segundo seus cálculos, após uma longa viagem ao redor do Sol, no ano de 2.843; sendo que a outra parte retornará em 3020.
Os cometas que, como o Ikeya-Seki, passam tão próximo do Sol e se dividem em duas ou mais partes, formam uma família que, em homenagem ao astrônomo Heinrich Kreutz que os classificou, recebem o nome de grupo de Kreutz. Do mesmo modo tomam parte deste grupo os cometas que passam tão perto do Sol que são completamente destruídos ou que caem para dentro dele. O primeiro acontecimento deste tipo foi observado e documentado pela primmeira vez em 30 de agosto de 1979 por um satélite militar americano, o P 78-1, que graças a um coronógrafo que levava a bordo, registrou um cometa que caiu no Sol.
Os pesquisadores Zdenek Sekanina e Paul Chodas do JPL (Jet Propulsion Laboratory) da NASA modelaram a fragmentação do progenitor de Kreutz, e em 2007 num artigo do Astrophysical  Journal foi sugerido que pedaços maiores estavam a caminho.
Fique de olho no SOHO!
Fonte:  NASA e ESA

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A sonda SOHO já descobriu 2 mil cometas

A sonda SOHO (The Solar & Heliospheric Observatory) já registrou a existência de 2000 cometas no espaço, desde o lançamento em dezembro de 1995.
SOHO e o cometa Machholz
© SOHO (Vênus e o cometa Machholz)
Para atingir a marca, o instrumento da parceria entre NASA (agência espacial americana) e ESA (agência espacial europeia) contou com a ajuda de astrônomos amadores na Terra, que analisam diariamente as informações enviadas à Terra.
Os últimos dois foram catalogados por Marcin Kusiak, um estudante de Astronomia de uma universidade da cidade de Cracóvia, na Polônia no dia 26 de dezembro. Ele já encontrou mais de 100 cometas desde que começou a colaborar com a equipe do Soho, em 2007. Durante os 15 anos, cerca de 70 pessoas de 18 países já ajudaram no trabalho de registros dos astros.
A seguir a imagem mostra o momento quando foi descoberto o 2º milhar de cometa no dia 26/12/2010.
SOHO e o 2000º cometa
© SOHO (o 2000º cometa)
A SOHO é a maior reveladora de cometas que existe. Após receber análises dos voluntários e confirmar as descobertas, a equipe responsável pela sonda envia os dados para catálogo no Minor Planet Center, em Cambridge, no estado norte-americano de Massachusetts. O local mantém um registro de corpos celestes pequenos e de suas respectivas órbitas.
Segundo Joe Gurman, um projetista da sonda do Instituto Goddard, da NASA, as descobertas efetuadas pela SOHO desde 1995 dobraram o número de órbitas conhecidas dos cometas na comparação com o que se conhecia nos últimos 300 anos. Nos primeiros dez anos de atividade, foram 1000 cometas descobertos. A outra metade foi revelada nos últimos cinco anos.
Originalmente criada para monitorar o Sol, a sonda fornece dados sobre cometas por meio de um instrumento chamado Lasco, que monitora a coroa solar, camada que reveste a estrela. Os voluntários estudam as imagens geradas pelas câmeras do dispositivo, que estão disponíveis para acesso público. O Lasco bloqueia a luminosidade da parte mais brilhante do Sol, permitindo a identificação de novos corpos celestes.
Fonte:  NASA e ESA

sábado, 18 de dezembro de 2010

Asteroide com aspecto de cometa

Foi anunciado esta semana que o asteroide (596) Scheila apresentou uma coma e cauda! Isto é uma característica de um cometa mascarado como um asteroide.
(596) Scheila_Peter Lake
© Peter Lake (asteroide Scheila)
O cientista Steve Larson do Laboratório Lunar e Planetário (LPL), da Universidade de Arizona, foi o primeioro a reportar imagens do asteroide Scheila mostrando que o objeto pode estar em explosão, propiciando um aumento em brilho de magnitude 14.5 a 13.4.
Havia alguma especulação que poderia ser evidência de um evento de impacto com o asteroide Scheila, mas parece improvável.
Um asteroide descoberto em 1979 e nomedo 1979 OW7, ficou desaparecido durante anos e então foi redescoberto em 1996, e subsequentemente renomeado 1996 N2. Nesta ocasião tinha a presença de uma cauda.
Depois de anos de inatividade o 1996 N2 gerou uma cauda novamente em 2002. Uma colisão entre dois asteroides era bastante improvável para explicar este fenômeno.
Este objeto é agora conhecido por seu nome cometário 133P/Elst-Pizarro, nomeado depois dos dois astrônomos que descobriram a explosão inicial do cometa. A principal causa da perda massa deste astro é devido a sublimação de gelo quando se aproxima do Sol.
Este cometa pertence a classe MBC (Main Belt Comets), um terceiro reservatório de cometas, distinto da nuvem de Oort e do cinturão de Kuiper.
O asteroide Scheila de 113 Km de diâmetro foi descoberto em 21 de fevereiro de 1906 por A. Kopff em Heidelberg.
(596) Scheila_Joseph Brimacombe
© Joseph Brimacombe (asteroide Scheila)
Agora parece que o Scheila é outro cometa MBC que deverá ser acrescentado à amostra, e futuramente poderá ser renomeado como XXXP/Larson ou XXXP/Kopff, onde XXX indica o número da sequência de cometas periódicos.
Fonte:  Universe Today

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nova exploração do cometa Tempel 1

A sonda Stardust foi originalmente lançada em 7 de fevereiro de 1999, e em 02 de janeiro de 2004, ela fez um histórico e arriscado voo rasante pelo cometa Wild 2 para tirar imagens do núcleo do cometa e capturar amostras.
cometa Wild 2
© NASA (cometa Wild 2)
O material coletado retornou à Terra numa cápsula, chegando aqui em 2006. Em 2007, a NASA decidiu reaproveitar a nave para uma missão de contato com o cometa Tempel 1, onde foi visitado pela missão Deep Impact que produziu uma cratera na superfície do cometa no dia 04 de julho de 2005. O encontro com o  Tempel 1 será no dia 14 de fevereiro de 2011.
cometa Tempel 1
© NASA (cometa Tempel 1)
A próxima missão é denominada Stardust NExT (New Exploration of Tempel 1), cujo logotipo está estampado na imagem a seguir.
Stardust badge.pdf
© NASA (logotipo da missão Stardust NExT)
A observação da cratera com a Stardust NExT proporcionará à Humanidade o primeiro olhar da estrutura interna de um cometa, informação que não só é interessante cientificamente, como vital para a nossa capacidade futura de evitar com que um cometa colida com a Terra. Até o tamanho da cratera pode ser relevante. Esta análise demonstrará as propriedades mecânicas da superfície do cometa e revelará como é que ele reage aos impactos?
Fonte:  Cometas Blog

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O cometa Hartley 2 está chegando!

O cometa periódico Hartley 2, designado oficialmente 103P/Hartley, tem um período orbital de 6,46 anos. Ele foi descoberto por Malcolm Hartley em 1986 no Schmidt Telescope Unit em Siding Spring na Austrália.
cometa Hartley 2
© Byron Bergert – 06/10/10 (cometa Hartley 2)
O cometa passará a 0,12 UA da Terra no dia 20 de outubro de 2010, e passará pelo periélio no dia 28 de outubro de 2010. O cometa passará a uma distância de 17,7 milhões de quilômetros da Terra em 20 de Outubro de 2010, o equivalente a 45 vezes a distância da Terra até a Lua. Durante esse período o cometa poderá ser com auxílio de binóculos como uma estrela difusa de magnitude 5 na constelação de Auriga.
cometa Hartley 2 visto pelo Hubble
© NASA - 25/09/10 (cometa Hartley 2 visto pelo Hubble)
Observações feitas pelo Telescópio Espacial Hubble do cometa 103P/Hartley, em 25 de Setembro de 2010, estão ajudando a planejar o sobrevôo da sonda Deep Impact da missão EPOXI da NASA em 4 de Novembro de 2010. A seguir uma imagem da posição do cometa 103P/Hartley obtida através do software The Sky 6 às 21 hs.
cometa Hartley 2 no céu
© Cometas Blog – 11/10/10 (posição do cometa Hartley 2)
As análises dos novos dados coletados pelo Hubble mostram que o núcleo tem um diâmetro de aproximadamente 1,6 quilômetros, o que está consistente com os cálculos previamente realizados.
O cometa está em um estado altamente ativo à medida que se aproxima do Sol. Os dados do Hubble mostram que a coma está uniforme sem a evidência de jatos como normalmente são observados na maior parte dos cometas da família de Júpiter, da qual o Hartley 2 é membro. A seguir uma imagem do cometa Hartley 2 com a nebulosa NGC 281 (Pacman).
cometa Hartley e nebulosa NGC 281
© Mike Holloway – 02/10/10 (cometa Hartley e nebulosa NGC 281)
Os jatos podem ser produzidos quando a poeira emana de específicas regiões congeladas, enquanto que a maior parte da superfície é coberta com um material parecido com o de um meteorito inerte. Em contraste a isso a atividade do núcleo do Hartley 2 parece ser mais uniformemente distribuída sobre toda a sua superfície, indicando talvez que a superfície seja jovem e ainda não foi coberta.
Os espectrógrafos do Hubble, o Cosmic Origins Spectrograph (COS) e o Space Telescope Imaging Spectrograph (STIS), fornecerão informações da composição química do cometa, especificamente a presença de emissões de monóxido de carbono (CO) e de enxofre diatômico (S2). Essas moléculas tem sido vistas em outros cometas mas não foram identificadas ainda no 103P/Hartley.
Fonte: NASA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Registro do cometa Halley há 2478 anos

Evento no século V a.C. pode ser o mais antigo registro de visão do cometa Halley. De acordo com documentos da antiguidade, um meteorito caiu no norte da Grécia em algum momento entre os anos de 466 e 468 a.C. Tais documentos descrevem que havia um cometa no céu no momento em que o meteorito caiu.
cometa Halley
© NASA (cometa Halley)
Este cometa seria o Halley, que é visível da Terra a cada 76 anos. O tempo registrado nos documentos corresponde exatamente ao tempo esperado para uma passagem do Halley. O filósofo Daniel Graham e o astrônomo Eric Hintz, ambos da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, compararam as descrições do cometa realizadas pelos gregos com o caminho que o Halley deve ter realizado à época.
Os documentos traziam a informação que o cometa foi visível por 75 dias, acompanhado por ventos e estrelas cadentes. Os pesquisadores descobriram que o cometa provavelmente foi visível por no máximo 82 dias, entre 4 de junho e 25 de agosto de 466 a.C., portanto, as informações coincidem. Neste período, a Terra estava se movendo abaixo da cauda do cometa, portanto realmente poderia haver estrelas cadentes.
Segundo Graham, nada disso prova realmente que era o cometa Halley, porém cometas desse tamanho são raros. Anteriormente, o registro mais antigo de visão do cometa era de astrônomos chineses 240 anos antes de Cristo. Os pesquisadores dizem que este pode ser um momento crucial na história da Astronomia.
Fonte: New Scientist

terça-feira, 25 de maio de 2010

Colisão de um cometa com o Sol

A colisão de um cometa com o Sol foi registrada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).
Nas imagens divulgadas pela universidade, o cometa atravessa a coroa, camada exterior do Sol com temperaturas acima de 1 milhão de graus Celsius, e evapora na cromosfera, camada interna da atmosfera solar com temperatura de cerca de 100 mil graus Celsius.
© NASA/Universidade da Califórnia (cometa no limbo do Sol)
Usando dados de instrumentos a bordo de uma dupla de sondas denominada Stereo, postas em órbita ao redor do Sol pela Nasa em 2006, os cientistas puderam prever a trajetória, hora e local do impacto. A seguir a imagem mostra o Sol sendo monitorado pelas sondas Stereo; no momento a região escura ainda não pode ser vista por elas.
stereo rotação
© NASA (Stereo monitorando o Sol)
A partir daí, a equipe utilizou o Soho, satélite da Nasa lançado em 1995 para observação do Sol, para capturar as imagens.
Sabe-se que cometas colidem com o Sol com certa frequência, mas as emissões luminosas nas proximidades tornam quase impossível que se vejam esses impactos. "Acreditamos que temos as primeiras imagens de um cometa na cromosfera solar", disse a pesquisadora Claire Raftery, integrante da equipe.
O cometa conseguiu sobreviver ao calor da corona e desapareceu na cromosfera, evaporando sob o calor de 100 mil graus Celsius.
Ele conseguiu aguentar ao calor provavelmente por apresentar em sua composição materiais pesados. O indício de que matéria pesada compunha o cometa veio do tamanho relativamente reduzido de sua cauda: apenas 3 milhões de quilômetros de comprimento.
O cometa faz parte da família Kreutz, grupo de cometas originados da desintegração de um maior e ejetados em 2004 da órbita de Júpiter.
Fonte: Universidade da Califórnia