quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mosaico de cometas

Lançado em dezembro de 2009 com o objetivo de mapear praticamente todo o céu no espectro infravermelho, o explorador WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA fez inúmeras descobertas de objetos celestes. Registrando o céu a cada 11 segundos, o satélite fez mais de 1,5 milhões de imagens e encontrou nada menos que 20 novos cometas vagando pelo Sistema Solar.
mosaico de cometas descobertos pelo WISE
© NASA (mosaico de cometas descobertos pelo WISE)
O mosaico apresenta os cometas descobertos pelo WISE, que são vistos da esquerda para a direita e de cima para baixo: 237P/LINEAR (2002 LN13), 233P/La Sagra (2009 WJ50), P/2009 WX51 (Catalina), P/2010 B2 (WISE), P/2010 D1 (WISE), P/2010 D2 (WISE), C/2010 D3 (WISE), C/2010 D4 (WISE), C/2010 DG56 (WISE), C/2010 E3 (WISE), C/2010 FB87 (WISE-Garradd), C/2010 G3 (WISE), C/2010 J4 (WISE), P/2010 K2 (WISE), C/2010 KW7 (WISE), 237P/LINEAR (2010 L2), C/2010 L4 (WISE), C/2010 L5 (WISE), P/2010 N1 (WISE) e P/2010 P4 (WISE).
A maior parte dos cometas retratados recebeu o sobrenome WISE com exceção de quatro objetos que já haviam sido descobertos anteriormente, mas até então eram considerados asteroides.
No entanto, as observações feitas pelo WISE mostraram que esses corpos não eram simples pedras ou rochas metálicas como no caso dos asteroides, mas sim bolas de gás e poeira congelada formadas ao redor de um núcleo, exatamente como os cometas.
Normalmente, as pessoas associam os cometas às populares imagens do Halley ou Hale-Bopp, com gigantescas caudas brilhantes cruzando o céu. Essa cauda se forma à medida que o objeto se aproxima do Sol, que aquece o gelo do cometa e o transforma em gás, que escapa para o espaço junto com partículas de poeira congelada. Essa mistura de gás e poeira cria uma névoa ao redor do núcleo, denominada coma, que pela ação do vento solar é soprada para bem longe formando uma enorme cauda de milhões de quilômetros.
O ruído de fundo visto nas cenas são flutuações aleatórias no espectro infravermelho, causadas principalmente pela poeira existente no próprio Sistema Solar. Devido ao tratamento das imagens, combinadas inúmeras vezes em um método chamado empilhamento, as estrelas são suprimidas. Isso permite gerar uma única cena de alta resolução com o objeto principal centralizado e livre de interferências.
As cores mostradas também não são reais e foram adicionadas para destacar os diversos comprimentos de onda registrados. Assim, a cor azul corresponde a 4,6 mícrons, o verde a 12 mícrons e o vermelho a 22 mícrons. A luz captada é diretamente proporcional à temperatura. Nas cenas, áreas frias aparecem em vermelho enquanto áreas mais quentes aparecem em azul.
Fonte:  NASA

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